sábado, 23 de abril de 2016
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Avelino Cabral - Resposta ao Comunicado do Sec. Nac. do PAIGC
Foi com enorme mágoa e muita tristeza que tomei conhecimento do teor do comunicado do Secretariado Nacional do PAIGC, datado de 21 de Abril de 2016, no qual sou acusado de supostamente ter ameaçado os dirigentes do meu próprio Partido (PAIGC), na última reunião extraordinária do Comité Central, realizada entre os dias 18 e 19 do corrente mês, Órgão esse de que sou membro de pleno direito.
Aliás, um documento distribuído à imprensa não contendo assinatura de ninguém, um facto que, por si só, demonstra a tamanha falta de profissionalismo, rigor e o desnorte que anda pelo Secretariado Nacional do nosso Glorioso Partido.
Perante tamanhas inverdades, sem nexos, não me resta outra alternativa que não seja lançar mão a este comunicado para esclarecer, em geral, a opinião pública nacional e internacional, e, em especial, os militantes do nosso Glorioso Partido PAIGC, repondo as verdades dos factos como elas realmente são, a saber:
• Participei na última reunião extraordinária do Comité Central do nosso Partido PAIGC na qualidade de membro de pleno direito daquele órgão máximo do Partido entre os congressos, usando da palavra nessa qualidade, bem como todos os presentes fizeram nessa reunião.
Sou Conselheiro de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, uma ocupação funcional de que tanto me orgulho, de igual modo que os demais membros de pleno direito do Comité Central presentes nessa reunião terem cada um deles a sua ocupação profissional.
Escusado dizer que ser Conselheiro de Sua Excelência o Senhor Presidente da República não dá direito a ter lugar cativo no Comité Central do PAIGC.
Aliás, de entre os meus pares Conselheiros sou o único com assento no Comité Central, órgão para qual fui eleito democraticamente no último Congresso do Partido realizado em Cacheu, em 2014;
• O teor do comunicado do Secretariado Nacional do PAIGC é falso, eivado de intriga e calúnia, visando apenas desviar a atenção da opinião pública do essencial, e foi tornado público numa vã tentativa de misturar o nome de Sua Excelência o Senhor Presidente da República em torno do debate que houve nessa reunião extraordinária do Comité Central, como bode-expiatório da crise que hoje assola o nosso grande Partido, que culminou com a perda da sua folgada maioria parlamentar, fruto de decisões unilaterais, ilegais e inconstitucionais da sua direcção;
• A minha intervenção na referida reunião do Comité Central do PAIGC foi clara e objetiva, apenas limitei-me a fazer uma radiografia daquilo que é a actual situação do nosso Partido e tudo pode ser confirmado na gravação áudio existente no nosso Partido e na posse do Secretariado Nacional.
Caso ainda haja uma réstia de honestidade intelectual do Secretariado Nacional do PAIGC, desafio-o desde já para a difusão pública do referido registo magnético da minha intervenção com vista ao apuramento da verdade dos factos;
• Em nenhuma ocasião, durante a minha intervenção, citei expressamente o nome de Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica, Dr. José Mário Vaz.
Apenas questionei ao Presidente do nosso Partido se se demitiria como tinha prometido numa das reuniões com os veteranos (antigos combatentes) membros do PAIGC, caso o nosso Partido viesse a perder a disputa judicial com os 15 militantes Deputados ilegal e inconstitucionalmente expulsos do PAIGC e da Assembleia Nacional Popular (ANP).
A minha alocução crítica não teve o melhor acolhimento da parte da direcção do Partido porque andou contra a corrente numa reunião do Comité Central que mais parecia uma sessão de culto idolatra à personalidade do líder num estilo pouco recomendável para um partido que se quer democrático;
• Em relação as nossas Gloriosas Forças Armadas, a única referência que fiz é, em síntese, de que as forças da defesa pelo seu papel de equidistância consagrado na nossa Constituição da República não devem e nem podem tomar parte na crise que continua assolar o país.
Perante tal cenário de crise no interior do nosso Grande e Glorioso Partido PAIGC gostaria de garantir aos camaradas militantes e ao povo Guineense que continuarei fiel aos meus princípios íntegros, defendendo sempre a verdade e estar ao lado dos Guineenses e, não de interesses duvidosos com propósitos de bloquear o país em nome de benefício de grupinhos.
Quiçá, neste momento, estar em curso um processo sumário da minha expulsão do PAIGC, como é timbre desta direcção, sempre que vozes internas se levantam, aparece um grupo de fiéis que assumindo como Guardiões do Templo da idolatria à exigirem crucificai-o, crucificai-o, crucificai-o.
Viva o nosso Glorioso Partido PAIGC
Bissau, 22 de Abril de 2016.
Avelino Cabral
[Membro do Comité Central do PAIGC]
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