domingo, 24 de abril de 2016

Dois órgãos ligados a Organização das Nações Unidas divulgaram notas sobre a situação política do Brasil.

O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) emitiram comunicados públicos nas últimas semanas para se posicionar sobre o atual momento da política brasileira.
A secretária executiva da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e o Caribe), Alicia Bárcena, manifestou preocupação pelo que chamou de ameaças a estabilidade democrática do Brasil.
Disse que assiste com “preocupação” todos os eventos das últimas semanas e reconheceu os esforços de tribunais brasileiros na luta contra a corrupção. Também afirmou ter visto “valentia e honradez”de Dilma para criação de uma legislação mais exigente e apontou uma “ofensiva da mídia que já emitiu condenação” como parte das mobilizações que pretendem “interromper o mandato (presidencial) conferido pelos cidadãos nas urnas”.
“É por isso que nos agride que hoje, sem julgamento ou evidência, utilizando vazamentos e uma ofensiva da mídia que já emitiu condenação, tentar demolir sua imagem e seu legado, enquanto os esforços são multiplicados por minar a autoridade presidencial e interromper o mandato conferido pelos cidadãos nas urnas. Os eventos que estão sendo experimentados pelo Brasil nos dias de hoje ressoam com força além de suas fronteiras e ilustram para o conjunto da América Latina os riscos e dificuldades a que nossa democracia ainda está exposta”, afirma no comunicado.
Sem citar diretamente o processo de Impeachment de Dilma Rousseff, o Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU (ACNUDH) se manifestou contra os eventos do país que podem causar danos “duradouros” e “interromper o mandato conferido” a presidente nas eleições. O porta-voz do órgão, chamado Rupert Colville”, que assina a nota, mencionou o debate “cada vez mais acalorado e politizado” que dominou a discussão política do país nas últimas semanas.
Colville pediu que as autoridades judiciais evitem tomar posições políticas e partidárias explícitas e que não ocorra obstrução a Justiça. “Apelamos ao governo, bem como aos políticos de outros partidos, que cooperem plenamente com as autoridades judiciais em suas investigações sobre alegações de corrupção de algo nível e que evitem quaisquer ações que poderiam ser interpretadas como um meio de obstruir a Justiça”, afirmou na nota.

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