Bissau- nimbagb.com - O Ministério da saúde
publica e o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), lançaram esta
terça-feira, 26.04.16 em Bissau, curso de formação em anestesia e reanimação no
Hospital nacional Simao Mendes.
Destinada a 34
enfermeiros licenciados (14 mulheres e 20 homens) de todas as regiões do país, a formação visa habilitar a esses profissionais de saúde para a administração de
anestesia, permitindo que diversas intervenções médicas, nomeadamente
cesarianas, possam ser realizadas em diferentes estruturas de saúde do país.
Segundo o Secretario de
Estado da Administração Hospitalar Martilene dos Santos que presidiu a cerimônia de lançamento do referido curso, o ministério da saúde pública e o
UNFPA, conscientes das carências do sistema nacional de saúde ao nível desta
especialidade, que impede que mulheres e gravidas de risco tenham cuidados de saúde adequados nas suas regiões de origem, apostam na capacitação e especialização de técnicos de anestesia. Para o efeito, foi contratado Ramón
Soto Soto, um médico cubano, especialista em anestesiologia e professor
universitário, atualmente o único da especialidade no país, que em parceria com
o departamento de anestesia do Hospital Nacional Simão Mendes, estruturou o
programa de capacitação.
Os participantes irao
passar o próximo ano a receber formação em serviço, através do acompanhamento
da equipa de formadores especialistas em anestesia.
Martilene dos Santos
considera que essa iniciativa representa um grande passo ao nível da promoção
de serviços de saúde materno-infantil, uma vez que após a formação, estes
profissionais irão desempenhar funções enquanto técnicos de anestesia, no bloco operatório da maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes, encerrado até a
data presente por falta de técnicos de anestesia, e noutras regiões do país,
possibilitando assim a realização de ciserianas e intervenções cirúrgicas em
estruturas mais próximas das comunidades. Desta forma, poder-se-á diminuir o
numero de evacuações, e atender mais rapidamente as grávidas com complicações
obstétricas e salvar vidas de mães e bebês.
Segundo o inquérito aos
indicadores Múltiplos (MICS) 2014, apenas 45% das mulheres dão a luz assistidas
por profissionais de saude qualificados e em cada 100.000 nados vivos, 900
mulheres morrem.
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