quinta-feira, 10 de outubro de 2013

"os distúrbios de terça-feira em Bissau foram orquestrados para "desacreditar" os esforços para realização de eleições no país." disse Embaixador da Nigeria na GB

O embaixador da Nigéria na Guiné-Bissau, Ahmed Maigida Adams, considerou hoje que os distúrbios de terça-feira em Bissau foram orquestrados para "desacreditar" os esforços para realização de eleições no país.

O diplomata falava em conferência de imprensa na sua residência, às portas da capital guineense.

Rumores de que nigerianos estariam a raptar crianças levaram a população a espancar até à morte um cidadão natural da Nigéria e a apedrejar a embaixada daquele país.

Os distúrbios levaram ao encerramento da principal avenida de Bissau pelas forças de segurança, que dispararam tiros para o ar e dispersaram a multidão com gás lacrimogéneo.

"Nada pode estar mais longe da verdade" do que os rumores de haver nigerianos ligados "a raptos de crianças e tráfico de órgãos humanos", destacou Ahmed Maigida Adams.

"São acusações sem fundamento", sublinhou, referindo que o episódio teve como finalidade "desacreditar os esforços da Nigéria e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a realização de eleições" na Guiné-Bissau.

O diplomata acusou "inimigos do progresso" de provocar a desestabilização, sem especificar quem são, e garantiu que o incidente não afetará as relações entre a Nigéria e a Guiné-Bissau.

Segundo Ahmed Maigida Adams, o número de nigerianos a viver em território guineenses pode ascender a cerca de sete mil.

"A Nigéria não tem nenhuma outra intenção" para além de ajudar a implementar "a paz e a estabilidade", sublinhou, acrescentando que tanto o seu país como a CEDEAO "veem como bem sucedido este processo", numa alusão à preparação de eleições gerais.

O diplomata destacou que a Nigéria mantém boas relações com a Guiné-Bissau desde a independência do país, em 1973, e que o atual governo de transição "já beneficiou de mais assistência financeira do que qualquer outro" executivo guineense.

Ahmed Maigida Adams disse acreditar que a Nigéria conseguirá contribuir para a pacificação da Guiné-Bissau, da mesma forma que "já foi bem sucedida" em outros países da África Ocidental.

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