quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Guiné-Bissau é o último lusófono no Índice Ibrahim de Governação Africana






Luanda (AngolaPress, 16 de Outubro de 2013) –  A Guiné-Bissau é o último dos países africanos de língua portuguesa no Índice Ibrahim de Governação Africana 2013 e está entre os 10 mais mal classificados, tendo caído para a 46.ª posição entre os 52 países analisados. Angola é o penúltimo país, entre os PALOPs.
Segundo o índice, nesta segunda – feira divulgado pela Fundação Mo Ibrahim, a Guiné-Bissau reúne 37,1 pontos em 100, abaixo dos 38,8 registados em 2000. Em termos relativos, o país cai do 38.º para o 46.º lugar no mesmo período.
Entre os 16 países da África Ocidental, a Guiné-Bissau surge em último lugar, com uma classificação muito abaixo da média da região (52,5 em 100).
O índice Ibrahim de Governação Africana avalia uma série de critérios, agrupados em quatro categorias: Segurança e Estado de Direito; Participação e Direitos Humanos; Oportunidade Económica Sustentável; e Desenvolvimento Humano.
O maior declínio da Guiné-Bissau deu-se na categoria Participação e Direitos Humanos, em que perde 14,3 pontos e desce 17 lugares na classificação. Ainda assim, esta é a categoria em que o país está mais bem colocado.
Na categoria Segurança e Estado de Direito, por exemplo, a Guiné-Bissau surge em 47.º lugar entre os 52 países, o que representa uma queda de 11 posições desde 2000.
A África Ocidental, onde se encontra Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e a Guiné-Bissau é a terceira melhor das cinco regiões africanas analisadas no IIGA 2013 e tem sido assim desde 2000, excepto em 2011, quando ficou em segundo lugar.
Cabo Verde é o melhor país desta região e o terceiro nos 10 melhores lugares do continente, enquanto a Guiné-Bissau é o pior da região e um dos dois países nos 10 últimos lugares a nível continental.
A lista dos cinco melhores do continente é encabeçada pelas ilhas Maurícias, seguida do Botsuana e, depois de Cabo Verde, surgem as ilhas Seychelles e África do Sul. No fim da tabela estão a Somália, República Democrática do Congo, Eritreia, República Centro-Africana e Tchad.
A Fundação Mo Ibrahim, homónima do milionário sudanês que a criou em 2006, apoia a boa governação e a liderança em África e elabora anualmente o Índice Ibrahim, que visa informar e ajudar os cidadãos, sociedade civil, parlamentos e governos a medir o progresso.

CLASSIFICAÇÃO:
3. Cabo Verde
As classificações de Cabo Verde são superiores ao nível médio do continente (51,6) e superiores aos restantes países da sub-região da África Ocidental (52,5).

11. São Tome & Príncipe
As classificações de São Tomé & Príncipe são superiores ao nível médio do continente (51,6) e superiores aos restantes países insulares (52,5).

20. Moçambique
As classificações de Moçambique são superiores ao nível médio do continente (51,6) e inferiores quando comparadas com os restantes países da sub-região da África Austral (59,2)

39. Angola
As classificações de Angola são inferiores ao nível médio do continente (51,6) e inferiores quando comparadas com os restantes países da sub-região da África Austral (59,2)

46. Guiné-Bissau
As classificações da Guiné-Bissau são inferiores ao nível médio do continente (51,6) e inferiores quando comparadas com os restantes países da sub-região da África Ocidental (52,5).

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