Em primeiro lugar, pela qualidade do discurso proferido pelo Presidente. O seu discurso foi feito de lucidez, de humildade e de determinação. Não bastava dirigir-se à Assembleia Geral, também era preciso falar bem. E o Presidente dirigindo-se a mais abrangente de todos os areópagos internacionais – a plenária das Nações Unidas – falou muito bem.
Em segundo lugar, pela atenção muito positiva que foi dada ao nosso país por parte de duas organizações regionais de que fazemos parte – a CEDEAO e a CPLP -, cuja avaliação politica pesa muito, por razões que são obvias, quer na caracterização da conjuntura política interna, quer na evolução da conjuntura diplomática (externa) da Guiné-Bissau. O presidente em exercicio da CEDEAO o Presidente da República da Costa de Marfim, Alassane OUATARRA, e o presidente em exercicio da CPLP o Presidente da República de Moçambique, Armando GUEBUZA caucionaram clara e solidariamente o processo de Transição Política em curso na Guiné-Bissau. Na mesma linha e no mesmo tom falaram os Presidentes Johnatan Goodluck (da Nigéria), Macky Sall (do Senegal) e Mathan Ruak (de Timor Leste).
Em terceiro lugar, pela qualidade do diálogo encetado pelo Presidente Nhamajo quer com o Vice-Secretário Geral das Nações Unidas para os Assuntos Políticos, o senhor Jeffrey FELTMAN, quer com a representante do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América, a senhora Linda Thomas-GREENFIELD.
Ambos os interlocutores do Presidente guineense:
- realçaram o magistério presidencial de Manuel Serifo Nhamajo, desempenho que constitui um activo importante na condução do ciclo político que é a Transição Política na Guiné-Bissau;
- reiteraram o bom momento diplomático que atravessa a Guiné-Bissau, hoje rodeada de atenções muito positivas por parte da comunidade internacional;
- mostraram também que esse capital político-diplomático, de que hoje goza a Guiné-Bissau, tem de ser bem aproveitado, isto é, bem gerido na frente interna.
Sobre essa questão política decisiva, quer interna quer externamente, que é a questão eleitoral, o Presidente Nhamajo mostrou-se vinculado ao seu próprio decreto que fixou para 24 de Novembro de 2013 a data das próximas eleições gerais (legislativas e presidenciais), aliás, em linha com a decisão da Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO (de que ele é membro na sua qualidade de Chefe de Estado da Guiné-Bissau) que limitou até 31 de Dezembro de 2013 o periodo de Transição Política no nosso país.
O apurado sentido das realidades – a propósito, nomeadamente, do financiamento do conjunto do processo eleitoral – ditou a necessidade de ponderar outros cenários, caso venha a revelar-se tecnicamente não exequível o cumprimento do calendário eleitoral que foi inicialmente fixado. Nesse aspecto, ficou claro que, em caso de derrogação, a iniciativa de alteração do calendário eleitoral previsto seria determinada apenas por razões objectivas, isto é, por razões que sejam compatíveis com a percepção das realidades por parte da comunidade internacional e com os anseios legítimos do povo guineense.
O Presidente Serifo Nhamajo ainda teve encontros com os seus homologos da Guiné-Equatorial e de Timor, respectivamente, o Presidente Obiang N’Guema e o Presidente Matan Ruak, abordando com eles várias questões de interesse bilateral.
E, para fechar este apontamento, seguem três últimas notas de caracter social:
- O Presidente Manuel Serifo Nhamajo e sua Esposa, acompanhados pelos membros da delagação guineense, fez uma visita guiada a Estátua da Liberdade em Nova Iorque, um local turístico de grande interesse histórico;
- Como ainda não tinha chegado à Nova Iorque o Presidente Nhamajo, coube ao Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau participar num almoço oferecido conjuntamente pelo Presidente Barack OBAMA e pelo Secretário-Geral Ban KI-MOON aos chefes de delegação à Assembleia Geral no dia 24 de Setembro de 2013, que, por sinal, foi o dia do quadragésimo aniversário da proclamação da independência da Guiné-Bissau;
- O Ministro dos Negócios Estrangeiros acompanhado do Secretário de Estado Idelfrides Fernandes, representou o Presidente da República de Transição na festa da nossa independência nacional, realizada na cidade de Providence, e que foi organizada pela comunidade guineense radicada nos Estados Unidos da América.
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