quarta-feira, 1 de junho de 2016
O PRS, segunda maior força no Parlamento da Guiné-Bissau, anunciou a disponibilidade para integrar o novo governo do país e ser liderado por Baciro Djá, dirigente do PAIGC, mas proposto pelos renovadores.
De acordo com Vitor Pereira, porta-voz do Partido da Renovação Social (PRS), a autorização para que o partido integrasse a equipa de Baciro Djá foi dada na noite terça-feira à direção, numa reunião da comissão executiva.
Pereira sublinhou que apesar de ter sido o PRS a propor o nome de Baciro Djá, um dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), para liderar o próximo governo, só hoje irá iniciar as negociações "com os demais parceiros" para a formação do executivo.
"O Presidente [da República] pediu-nos que apresentássemos uma solução governativa e naturalmente não podemos encetar as negociações sem que isso passasse pelo crivo da nossa comissão executiva", indicou o porta-voz dos renovadores guineenses.
Vitor Pereira enalteceu o facto de, na opinião do partido, o Presidente guineense, José Mário Vaz, ter esgotado os trâmites constitucionais ao pedir, primeiro ao PAIGC, que apresentasse uma solução estável para o novo governo, para só depois solicitar ao PRS que o fizesse.
O porta-voz dos renovadores diz ser "normal e aceitável" à luz dos estatutos do partido que um elemento extra seja convidado a liderar um governo do PRS, neste caso Baciro Djá, com o qual vão agora iniciar as negociações para a formação da nova equipa executiva.
Vitor Pereira adiantou que dentro de dois ou três dias as negociações com o grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC serão concluídas e o novo executivo será conhecido, tendo já as bases para uma nova maioria no Parlamento, sublinhou.
Sobre o facto de a lei guineense não permitir a figura de haver deputados independentes, o porta-voz do PRS contrapôs, dizendo que não existem deputados de partidos, mas sim da nação, para demonstrar ser legal a formação de uma "nova maioria" entre o seu partido, que detêm 41 mandatos no Parlamento, e os 15 eleitos dissidentes do PAIGC.
Lusa.
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